Ilé Aşé Jagun Onigbejá ti Oşun

O Ilé Aşé Jagun Onigbejá ti Oşun foi inaugurado oficialmente em 27 de julho de 2013, em Águas Lindas, mas as atividades religiosas do templo são registradas desde 2010. A casa é muito bem regida por Ogun, Odé, Osaniyn, Şango, Oşun, Logun Edé, Jagun, Ibeji, Yemonjá e Oşalá, deidades vindas do outro lado do oceano, do reino Yoruba. 

Além do trabalho com o mundo espiritual, com as entidades sagradas da Umbanda e do Candomblé, o Ilé também trabalha para a comunidade. Periodicamente, as mulheres negras do terreiro se reúnem para tratar de assuntos como saúde, alimentação, educação infantil, emprego e maternidade. Os encontros fazem parte do Coletivo Mulheres de Aşé de Brasília e Entorno e da Renafro Saúde Entorno, dos quais Mãe Vilcilene de Jagun, liderança da Casa, é conselheira. 

O espaço sagrado também oferece oficinas de corte e costura de roupas de candomblé (chamadas roupas de ração), além de calças, camisas e vestidos, oportunidade de ganho de renda extra; oficinas de confecção de Bonecas “Abayomis”, representações de Orixás e suas paramentas, feitas de tecido de lã; e oficinas de Itans — lendas da Cosmogonia do Yorubas – com confecção de bonecas. 

O templo recebe devotos e demais frequentadores da vizinhança do terreiro — localizado no Setor de Mansões do Lago Descoberto, em Águas Lindas —, de Ceilândia, além de atender escolas das redondezas. 

A atuação de Mãe Vilcilene é muito ampla, sendo também uma estudiosa da antropologia religiosa, com foco nas religiões de Matriz Africana. Ela integra o 1º Fórum Cultural das Tradições Africanas, Afro Brasileiras e Ameríndias de Águas Lindas de Goiás; organizou a 1ª Caminhada contra a intolerância religiosa da cidade; e encabeçou o Projeto ABA, em que o Goiás foi o primeiro Estado da Federação a fazer um mapa da divisão linguística da África, atuando também na formação de professores na área de africanidades. 

Sempre presente para os seus filhos, Vilcilene é mãe zelosa e, quando necessário, rígida. Por meio da convivência no templo sagrado de adoração aos Orixás, o Ilé Aşé Jagun Onigbejá ti Oşun torna-se um espaço de apaziguamento, resgate de auto estima e aprendizagem de saberes da cultura tradicional oral e ancestral. 

Em se tratando de Orixás, há festividades para celebrar as entidades praticamente o ano todo: Orixás Şango e Oyá, em junho; a Festa Olugbajé, em homenagem ao Orixá Omolu e família, em agosto; Festas das Crianças, em outubro; Festa das Yabás, em homenagem aos Orixás Yemonjá, Nanã, Oşun, Oyá, Yewá e Obá, em novembro; e Festa de Oşalá, em dezembro.

O Ilé é regularmente frequentado por mais de 50 pessoas, entre homens, mulheres, brancos, negros, indígenas e pessoas com deficiência. Mais das atividades da Casa podem ser conferidas nos perfis do Terreiro (@asejagun). 

Ilé Aşé Jagun Onigbejá ti Oşun_Foto_ Webert da Cruz

Informações