Ilê Axé Oyá Bagan

Localizado nas encostas do lago, na região do Paranoá, o Ilê Axé Oyá Bagan persiste nas práticas de culturas tradicionais de matriz africana, da Nação Ketu, lideradas por Adna Santos, a Ialorixá Mãe Baiana de Oyá. O terreiro tem foco, sobretudo, no combate ao racismo religioso contra os povos de santo, bem como a sua preservação. 

Instituído oficialmente em 2009, o Ilê proporciona à comunidade uma chance de conhecer, entender e reconhecer suas próprias raízes históricas e com a inclusão social. Mas a realidade é que as atividades religiosas ocorrem no local desde 2002.

O território é certificado como Ponto de Cultura pela SECEC/DF, e, como Ponto de Memória, pelo IBRAM — título este, dado pelo lançamento do Memorial Ilê Axé Oyá Bagan.  Além disso, integra o Inventário Nacional de Referências Culturais de Terreiros do Distrito Federal e Entorno, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, publicado em 2012.

O espaço conta com delicadamente planejada e dividida em quatro setores:  Espaço Mitologia dos Orixás (Mural Artístico com pinturas dos 16 orixás da casa pelo artista Odrus), Espaço Legado de Oyá Bagan (exposição fotográfica da memória do terreiro), Espaço Orixás e seus Símbolos (exposição cenográfica com orixás da casa) e  Jardim dos Símbolos (placas com máscaras das culturas de matrizes africana). Recentemente, inaugurou mais um setor, o Jardim dos Itans. 

As placas da memória do terreiro estão dispostas com escritas em braile, legendagem e com áudio-descrição do vídeo institucional. 

Mãe Baiana mora no mesmo local onde promove os cultos aos Orixás, em um conjunto de barracos de madeira, tijolo, plástico, madeirite e folhas de amianto, que se destinam a abrigar a família e suas atividades religiosas e políticas, no sentido mais amplo do termo.

A entidade protetora e regente da Casa é a guerreira Oyá, também conhecida como Iansã, que é celebrada em festa todos os anos, em dezembro. O termo Bagan remete à uma qualidade da Orixá dos ventos e das tempestades: ter a cabeça de fogo.

Um dos territórios mais tradicionais do DF, alcançou um grande reconhecimento em 2018: foi contemplado pelo Governo do DF com o Prêmio de Cultura e Cidadania, na categoria Cultura Afro-Brasileira. Vale ressaltar ainda que Mãe Baiana é autora do livro chamado Chão & Paz — a primeira biografia de uma liderança negra no Distrito Federal —, uma história de resistência e de fé, que enche os corações de coragem e de esperança.

Mais informações e atualizações podem ser encontradas no perfil do terreiro: @ileaxeoyabagan.

Ilê Axé Oyá Bagan_Webert da Cruz

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